domingo, 9 de janeiro de 2011

Já falta pouco...


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Caro(a) Consócio(a):
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Em 11 de Abril de 2011 o Futebol Clube Barreirense completará 100 anos de vida.
Somos um clube histórico. Temos orgulho da nossa obra, do contributo para a formação cívica e desportiva de sucessivas gerações de cidadãos.
Queremos celebrar o 1º Centenário com a participação e o brilho que se impõem e com a grandeza e a generosidade que nos caracterizam.
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As Comemorações do Centenário, que tiveram o seu início na noite de 9 de Abril de 2010 aquando da celebração do 99º aniversário, têm constituído um significativo momento de participação, de reencontro e de unidade entre todos os Barreirenses.
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Sendo o(a) prezado(a) associado(a) um dos membros da Grande Família Barreirense que ao longo dos anos se tem dignado permanecer no seu convívio, vimos desde já convidá-lo(a) a assistir à Sessão Solene a realizar no Ginásio-Sede na noite de 11 de Abril de 2011, a partir 21:00 horas.
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Antecipadamente grato pela sua presença, subscrevo-me
Muito atentamente,
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Paulo Calhau
(Presidente da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário)

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Recordar e Viver (XXX)


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Irmãos brasileiros
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Adilson Nascimento chegou a Portugal no início de 1982, para representar o Barreirense. Dez anos antes, em 11 de Maio de 1972, integrando a selecção Pré-Olímpica do Brasil, em digressão pela Europa, disputou no Pavilhão do Académico Futebol Clube, um jogo com um misto do Porto, treinado por Eduardo Nunes, atleta do FCB na década de 50, e que incluía Dale Dover, actualmente um próspero advogado de Manhattan. Com um palmarés invejável (olímpico em Munique em 1972 e em Moscovo em 1980, 8 títulos de campeão nacional, 7 vezes campeão sul-americano, outras tantas vezes campeão inter-clubes, campeão pan-americano), Adilson Nascimento mostrou, na sua passagem pelo basquetebol português, nas temporadas de 1981-1983, um conjunto de qualidades, técnicas e humanas, que não passaram despercebidas aos adeptos da modalidade. Destaco a sua tranquilidade, a certeza de passe, a leitura de jogo, a eficácia de lançamento e a capacidade de ressalto. A qualidade da prestação de Adilson na inesquecível Final Four de Alvalade perdura na minha memória. Mereceu então as palavras elogiosas de Manuel Castelbranco na revista Basket de Abril-Maio de 1982: “O brasileiro Adilson foi a grande figura do campeonato, e emprestou ao Barreirense um outro basquetebol que nós, portugueses, só episodicamente poderemos ver. Ele foi quase tudo na sua equipa. Vimo-lo a jogar a base e a extremo, defender os melhores extremos e postes das outras equipas, vencer ressaltos com grande classe, fazer intercepções de lançamentos que levantaram o pavilhão. O público, que nestas coisas é sempre o juiz supremo, rendeu-lhe, no final, uma grande homenagem ao levantar-se para lhe tributar a maior salva de palmas que já ouvimos a um jogador de basquetebol em Portugal”.
O seu sobrinho Flávio Nascimento veio mais tarde para Portugal, onde chegou ainda muito jovem para o FCB. Em 1985/86, Flávio actuou com outro brasileiro de enorme valia e grande marcador de pontos, Wagner Silva.
Na segunda temporada no FCB, Adilson teve a companhia de outro grande vulto do basquetebol brasileiro: Marcel Vido. Em representação do Ténis Club do Brasil, Marcelo jogou no final de 1982 no prestigiado Torneio de Natal do Real Madrid, tradicionalmente transmitido pela RTP, com os comentários sui generis do saudoso João Coutinho, treinador do FCB no início dos anos 60. Marcel Vido fora considerado o melhor brasileiro do ano. Francisco José (Xico Zé), ainda hoje lembrado como um dos mais dedicados dirigentes do basquetebol barreirense, deslocou-se expressamente a Madrid para ultimar a transferência do internacional brasileiro, que veio felizmente a concretizar-se. Excelente lançador, Marcelo participou na segunda fase da época regular e contribuiu de forma inegável para o apuramento para a Final Four do Porto, onde factores externos ao jogo terão impedido a obtenção de mais um título nacional.
Quase vinte depois, outro internacional brasileiro representou o FCB. Formado em Marketing e Gestão na Universidade de Wayland Baptiste (EUA), Alexey Carvalho chegou a Portugal na temporada de 2001/2002. Destacou-se pela sua simpatia e jovialidade tipicamente cariocas. Logo no jogo de apresentação, brindou-nos com uma magnífica exibição e disse: “Espero ajudar o Barreirense a consumar o seu grande objectivo para esta época: chegar ao playoff. A prestação de Alexey Carvalho foi globalmente positiva, com uma média de 17 pontos por jogo.
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Paulo Calhau
(extraído do livro PROVA DeVIDA - Estórias e Memórias do Meu Barreirense e publicado na edição de 7 de Janeiro de 2011 do JORNAL DO BARREIRO)
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