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Uma história rocambolesca
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Estávamos na época de 1988/89 do Campeonato Nacional de Basquetebol e o Barreirense tinha uma jornada dupla com deslocações a Sangalhos, no Sábado, e a Oliveira de Azemeis, no Domingo.
Nessa altura, o Barreirense costumava alugar o autocarro para as suas deslocações a um comandante aposentado da marinha que tinha uma pequena empresa de camionagem, sediada na linha do Estoril e que fazia uns preços mais em conta, sendo ele próprio o motorista.
Após o segundo jogo dessa jornada com a Oliveirense, a equipa iniciou o regresso e quando estava a cerca de 20 quilómetros de Condeixa, o autocarro “teve um AVC”, o que provocou a avaria no alternador e foi encostado para a berma. O dito comandante disse para o dirigente José Ramalho que ali é que não ficava, pois ia buscar um outro carro a Lisboa e, se assim o disse, melhor o fez. Pôs-se na estrada e apanhou uma boleia de um camião de transporte de móveis de Paço de Arcos.
Entretanto, e com o passar do tempo, os jogadores começaram a ficar impacientes e, José Ramalho já saturado das queixas, entra para o autocarro, mete as chaves na ignição e, para seu espanto, o carro pegou. Sem pensar duas vezes, meteu-se à estrada, mesmo sem carta de pesados. Uns quilómetros mais à frente, acaba até por ultrapassar o camião dos móveis, onde seguia o proprietário do autocarro, imaginando-se a sua reacção quando viu o seu carro passar, julgando que o mesmo tinha ficado parado na estrada!
A caminhada para Lisboa continuava, onde tinham que levar um jogador, tendo mesmo passado por algumas brigadas de trânsito. Prestes a chegar à capital, o carro ficou sem luzes e sem pisca-pisca. Seguia apenas com mínimos.
Após todas estas peripécias, conseguiram chegar ao Barreiro, onde o autocarro foi deixado junto ao posto de correios e do Ginásio do Barreirense, tendo aí ficado durante quatro dias. Foi de facto uma bela aventura. Escusado será dizer que carros do comandante nunca mais fizeram viagens com o Barreirense.
Resta, por curiosidade, dizer que o treinador era o Manuel Cerqueira e da equipa, entre outros, faziam parte a dupla de brasileiros Jorge Luís e Sílvio Cruz, Nuno Silva, Orlando Henriques e Jorge Ramalho.
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José Seixo/José Ramalho
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Estávamos na época de 1988/89 do Campeonato Nacional de Basquetebol e o Barreirense tinha uma jornada dupla com deslocações a Sangalhos, no Sábado, e a Oliveira de Azemeis, no Domingo.
Nessa altura, o Barreirense costumava alugar o autocarro para as suas deslocações a um comandante aposentado da marinha que tinha uma pequena empresa de camionagem, sediada na linha do Estoril e que fazia uns preços mais em conta, sendo ele próprio o motorista.
Após o segundo jogo dessa jornada com a Oliveirense, a equipa iniciou o regresso e quando estava a cerca de 20 quilómetros de Condeixa, o autocarro “teve um AVC”, o que provocou a avaria no alternador e foi encostado para a berma. O dito comandante disse para o dirigente José Ramalho que ali é que não ficava, pois ia buscar um outro carro a Lisboa e, se assim o disse, melhor o fez. Pôs-se na estrada e apanhou uma boleia de um camião de transporte de móveis de Paço de Arcos.
Entretanto, e com o passar do tempo, os jogadores começaram a ficar impacientes e, José Ramalho já saturado das queixas, entra para o autocarro, mete as chaves na ignição e, para seu espanto, o carro pegou. Sem pensar duas vezes, meteu-se à estrada, mesmo sem carta de pesados. Uns quilómetros mais à frente, acaba até por ultrapassar o camião dos móveis, onde seguia o proprietário do autocarro, imaginando-se a sua reacção quando viu o seu carro passar, julgando que o mesmo tinha ficado parado na estrada!
A caminhada para Lisboa continuava, onde tinham que levar um jogador, tendo mesmo passado por algumas brigadas de trânsito. Prestes a chegar à capital, o carro ficou sem luzes e sem pisca-pisca. Seguia apenas com mínimos.
Após todas estas peripécias, conseguiram chegar ao Barreiro, onde o autocarro foi deixado junto ao posto de correios e do Ginásio do Barreirense, tendo aí ficado durante quatro dias. Foi de facto uma bela aventura. Escusado será dizer que carros do comandante nunca mais fizeram viagens com o Barreirense.
Resta, por curiosidade, dizer que o treinador era o Manuel Cerqueira e da equipa, entre outros, faziam parte a dupla de brasileiros Jorge Luís e Sílvio Cruz, Nuno Silva, Orlando Henriques e Jorge Ramalho.
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José Seixo/José Ramalho
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(Texto publicado no JORNAL DO BARREIRO de 21 de Maio de 2010, coluna Recordar e Viver)
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