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O Barreirense nas meias-finais da Taça de Portugal em futebol
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Depois de na época de 1952/53 o Barreirense ter chegado pela primeira vez a uma meia-final da Taça de Portugal, com o Benfica, tendo sido eliminado, voltaria, na época de 1956/57, a repetir esse feito histórico ao atingir também as meias-finais da Taça de Portugal.
Contudo, e apesar de ter atingido uma posição que alguns clubes de nomeada não conseguiram, os alvi-rubros não foram felizes no sorteio, pois voltariam a ter que defrontar mais uma vez o Benfica, que havia vencido o Campeonato Nacional. Os outros dois meio-finalistas eram o Vitória de Setúbal e o Covilhã.
Pairava no seio dos adeptos barreirenses a ideia de que só com um milagre o Barreirense poderia estar na Final, até porque a eliminatória se decidia em dois jogos com o segundo a ser disputado no terreno das “águias”.
Mesmo tendo em conta a grande diferença de valores entre os dois clubes, deslocou-se ao Barreiro uma numerosa falange de apoio dos benfiquistas.
Os lisboetas, cientes do seu valor, e pensando que mais tarde ou mais cedo a partida se resolveria a seu favor, com maior ou menor dificuldade, iniciaram o jogo sem grandes pressas, pressionando o Barreirense que respondia com perigosos contra-ataques e jogadas individuais que não surtiam o efeito desejado. Estas tentativas foram esmorecendo e a equipa encarnada voltaria ao ataque, e a defesa barreirense atravessava um período difícil. O Benfica acabaria por alcançar o seu tento com 17 minutos jogados. Daí para a frente a equipa visitante foi sempre superior, com mais ocasiões de golo e jogando com uma maior tranquilidade. Mesmo assim, um grande remate de Faia e um desvio junto à baliza, de José Augusto, quase empatavam a partida.
Na segunda metade, o Barreirense demonstrou uma grande vontade de dar a volta ao jogo, e só o azar impediu que tal se verificasse, com aqueles dois jogadores a criarem o pânico na defesa benfiquista, mas sem conseguir materializar esse perigo. O jogo terminou assim com o Benfica a vencer por 1-0, aguardando-se o segundo jogo que se antevia de grandes dificuldades para o Barreirense.
Na segunda partida, em Lisboa, o Barreirense perdeu muito naturalmente por 4-0, saindo deste duplo confronto com a cabeça erguida, pois foi derrotado pelo principal candidato a vencer a Taça de Portugal depois da conquista do título.
Nesta prova os alvi-rubros venceram o Boavista, o Vianense e a Académica, tendo obtido 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, marcando 21 golos e sofrendo 13.
Faziam parte desta equipa Pinheiro, Abrantes, Silvino, Carlos Silva, Afonso, Duarte, Oñoro, Chico Correia, José Augusto, Faia e Madeira.
Curiosamente, na época seguinte, o Barreirense voltaria a chegar às meias-finais da Taça de Portugal e repetiria o confronto com o Benfica, tendo também sido eliminado nesta eliminatória.
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José Seixo
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Depois de na época de 1952/53 o Barreirense ter chegado pela primeira vez a uma meia-final da Taça de Portugal, com o Benfica, tendo sido eliminado, voltaria, na época de 1956/57, a repetir esse feito histórico ao atingir também as meias-finais da Taça de Portugal.
Contudo, e apesar de ter atingido uma posição que alguns clubes de nomeada não conseguiram, os alvi-rubros não foram felizes no sorteio, pois voltariam a ter que defrontar mais uma vez o Benfica, que havia vencido o Campeonato Nacional. Os outros dois meio-finalistas eram o Vitória de Setúbal e o Covilhã.
Pairava no seio dos adeptos barreirenses a ideia de que só com um milagre o Barreirense poderia estar na Final, até porque a eliminatória se decidia em dois jogos com o segundo a ser disputado no terreno das “águias”.
Mesmo tendo em conta a grande diferença de valores entre os dois clubes, deslocou-se ao Barreiro uma numerosa falange de apoio dos benfiquistas.
Os lisboetas, cientes do seu valor, e pensando que mais tarde ou mais cedo a partida se resolveria a seu favor, com maior ou menor dificuldade, iniciaram o jogo sem grandes pressas, pressionando o Barreirense que respondia com perigosos contra-ataques e jogadas individuais que não surtiam o efeito desejado. Estas tentativas foram esmorecendo e a equipa encarnada voltaria ao ataque, e a defesa barreirense atravessava um período difícil. O Benfica acabaria por alcançar o seu tento com 17 minutos jogados. Daí para a frente a equipa visitante foi sempre superior, com mais ocasiões de golo e jogando com uma maior tranquilidade. Mesmo assim, um grande remate de Faia e um desvio junto à baliza, de José Augusto, quase empatavam a partida.
Na segunda metade, o Barreirense demonstrou uma grande vontade de dar a volta ao jogo, e só o azar impediu que tal se verificasse, com aqueles dois jogadores a criarem o pânico na defesa benfiquista, mas sem conseguir materializar esse perigo. O jogo terminou assim com o Benfica a vencer por 1-0, aguardando-se o segundo jogo que se antevia de grandes dificuldades para o Barreirense.
Na segunda partida, em Lisboa, o Barreirense perdeu muito naturalmente por 4-0, saindo deste duplo confronto com a cabeça erguida, pois foi derrotado pelo principal candidato a vencer a Taça de Portugal depois da conquista do título.
Nesta prova os alvi-rubros venceram o Boavista, o Vianense e a Académica, tendo obtido 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, marcando 21 golos e sofrendo 13.
Faziam parte desta equipa Pinheiro, Abrantes, Silvino, Carlos Silva, Afonso, Duarte, Oñoro, Chico Correia, José Augusto, Faia e Madeira.
Curiosamente, na época seguinte, o Barreirense voltaria a chegar às meias-finais da Taça de Portugal e repetiria o confronto com o Benfica, tendo também sido eliminado nesta eliminatória.
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José Seixo
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[texto publicado no JORNAL DO BARREIRO na série RECORDAR E VIVER, alusiva ao Centenário do Futebol Clube Barreirense]
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